Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
não era um gato,
não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem
Peludo, sujo, imundo
Nada é comparável a ele.
Mal sabe falar, só resmunga
Distingue dia de noite pelo claro e escuro
E quando noite, dorme naquele mesmo lugar.
Marca presença em todos os lugares
Age como um “mau selvagem”
Agredindo pacificamente.
É um cidadão a menos
Para o governo se preocupar
Todavia um problema a mais à sociedade.
Finge ser o que não é:
Sabe que sabe
Mas não sabe que sabe.
(Inicialmente, é um texto de Manuel Bandeira. O propósito de utilizar o começo é para treinar a nossa criatividade e o dom de desenvolver textos a partir de um fato citado.)
Rie
ou
@_Rie_
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