O metrônomo da vida é como um batimento cardíaco comum: nunca muda sua velocidade. Todavia, a impressão que temos, ao decorrer das experiências diárias, é que o tempo voa. Sinto muito, mas isso é uma farsa; apenas acumulamos responsabilidades que nos despendem minutos, horas, dias a mais do que quando crianças, em que tínhamos muito mais tempo para nós mesmos.

Ao tocar piano, o som do metrônomo é insuportável; a persistência de executar uma harmonia no ritmo certo é que se aproxima da perfeição, do ideal, do satisfatório. Em contrapartida, o som de sístole e diástole são tranquilas e calmantes: traz lembranças de afeto, tanto materno, familiar, quanto de amizade.

Talvez a idade, ou uma bela reflexão, é capaz de explicar isso.


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