Chego em casa, à noite, e me deparo com a televisão ligada ao jogo do Brasil x Argentina. Durante os hinos, todos cantam e louvam seus países acompanhados de um ritmo musical. Na hora do brasileiro, a música parou de repente, que até eu estranhei, pois estava cantando enquanto servia meu prato de comida. Percebi, então, que as pessoaspresentes no estádio continuaram cantando, mas diferente, com um amor pela Pátria fervorosa, que não se vê todos os dias, que até causou emoção ao jovem neymar. Realmente foi bonito de ver, mas no dia-a-dia não me recordo de ter visto alguma ação patriõtica por parte dos cidadãos a não ser um amor desenfreado por futebol.
     Com a Globalização, as pessoas dão mais prioridade às línguas estrangeiras ao português, a nossa língua mãe. NUNCA vi alguém defender seu país, Brasil, que é um ótimo lugar de se viver, etc, pois muitas vezes saem do local de suas origens para morar no exterior só almejando o seu bem estar, ajudando a desenvolver outras nações ao invés do seu próprio.
     GOOOOOOL! É só nessas horas que dá vontade de ser brasileiro, por se um único país a ser penta e ser brasileiro como muitos jogadores muito desejados pelos times europeus. Pena que só existe em dias de futebol...


Hoje na aula, tinham dois meninos discutindo sobre batatas: é um tubérculo! é um legume! batata não é legume! é um raiz! mas é um tubérculo! Enfim, depois fiquei encarando-lhes pois estavam discutindo sobre BATATAS! Eles se olharam e riram, depois se virando para mim. Então, eu disse "por que vocês estão discutindo sobre batatas? Que inútil!"

Hoje estou meio gripada e não sinto o gosto nem o sabor das coisas direito. Então, chega meu pai, ao meu quarto, com um copo com um líquido esbranquiçado. Perguntei a ele o que era. Ele olhou para mim e disse que era água de batata. Fiquei o encarando achando que era verdade. Para tirar à prova, experimentei. Realmente, não senti gosto de nada, apenas algo adocicado. Pensei que fosse água de coco, aliás, tive certeza. Depois, o meu pai passou novamente pelo meu quarto e perguntei se era. Realmente era.


Minha mãe me pediu para enxugar a louça. Sem muita vontade, fui lá e ajudei um pouco nos afazeres domésticos, já que durante a semana faço nada. Nada mal, foi tranquilo, sem muita gordura e ela me ajudou um pouco, o que o deixou rápido. Percebi que até gosto de lavar louça. E quase falei para ela "por que você não lava se é tão bom?" mas acabei ficando quieta para não ouvir "então por que você não lava todo dia?". Graças aos meus pensamentos me poupei dessa.


     Quarta-feira, dia 7 de Setembro de 2011, feriado prolongado e tiro o dia inteiro para descansar e tomar fôlego para o restante do recesso para realizar as atividades necessárias com "ânimo". Como minha mãe pensou no mesmo, ela alugou um filme, que apesar de ser novo, já faz um tempo que foi lançado: "O caçador de pipas". O livro é um dos Best Sellers. A história é bem verossímil, todavia chocante para a nossa realidade, que vive bem longe de conflitos, guerras e morte como punição ou demonstração de fraqueza. No parágrafo seguinte contarei a história geral (com o final) e uma análise sobre o contexto. *Desculpe-me, mas repeti muitas vezes os nomes dos personagens. Se não estiverem com vontade de ler o meu super RESUMO, avancem até a marcação, que vocês verão em seguida.
      O filme é retratado em Afeganistão. O menino à direita, Amir, é um menino rico que gosta de criar histórias, que vive com o pai em uma mansão onde abriga Hassan, à esquerda, e seu pai, fazendo-os empregados da casa em troca de moradia e segurança. Mesmo que Hassan seja uma criança, tendo quase a mesma idade de Amir, sempre serviu às vontades do menino, com muito respeito e se submeter a qualquer coisa desde que servisse ao seu "mestre". 
     No torneio de pipas, a qual o objetivo era cortar todas as pipas e ser o último a permanecer no céu e era um grande entretenimento evento da região, a dupla venceu. Então, Hassan foi buscar a "pipa azul" para Amir, que foi a última a ser derrubada. Porém, na volta do pequeno empregado para casa, ele se encontrou com a "gangue", com três meninos adolescentes, entre eles o líder Assef, que apenas queriam encrenca e não os deixavam em paz. Hassan estava sem o estilingue, que ele usava para proteger Amir. Como lema dos vilões, baseado no Nazismo, "você não sai sem pagar", para que o menino saísse ileso, deveria entregá-lo a pipa ou sofrer agressões físicas. Ele não abriu mão da pipa, portanto, levou vários socos e chutes, para agravar mais a situação, ele foi passivamente violentado sexualmente pelo líder do grupo. Mas o que ninguém notara é que Amir estava observando tudo, o que o deixou chocado sem saber o que fazer, o que o fez afastar de Hassan, a vítima de tudo isso, o único prejudicado.
     Hassan e seu pai saem da casa. Depois disso, Russos invadem Afeganistão, o que impede a estadia de Amir e seu pai naquela casa e deixa-a aos cuidados do amigo do pai. Mudam-se para Califórnia, USA, com muitas dificuldades inicialmente. Depois de passarem por muitas coisas, conseguem uma boa casa, Amir casa-se com uma boa moça, lança o livro muito desejado, o pai morre pela doença adquirida há um bom tempo, e não conseguem ter um filho. Nesse meio termo, recebe a ligação do amigo do pai, que ficou cuidando da casa, pedindo visita de Amir na casa dele, em Paquistão. Lá, descobre que Hassan, o menino o qual não brincava mais depois do estupro, era seu irmão e já estava morto, para defender sua antiga moradia e família (esposa e filho). A única pessoa que restara em Afeganistão é o filho, Sohrab. Para resgatá-lo, ele voltou para a terra de sua origem. Depois da invasão soviética russa, quem dominava o país era o Assef, com ideais "nazistas", tornando-o um lugar inumano para se viver: sem árvores, locais todos destruídos, tudo seco, apenas com terra sem vegetação, pessoas submissas aos líderes. Depois de enfrentar Assef novamente, consegue resgatar seu sobrinho, aprisionado e violentado pelo autoritário. Infelizmente sai todo cheio de hematomas e Sohrab o atinge com um estilingue no olho, permitindo-os a fugir com sucesso. No final, Amir adota seu sobrinho e viveram felizes para sempre, acho eu, rs.
     
QUEM ESTÁ COM PREGUIÇA DE LER TUDO ISSO, LEIA A PARTIR DAQUI:

     Enfim, tudo isso serviu para mostrar que nós reclamamos por pouca coisa. Acredito que se vivéssemos em algum lugar como o atual Afeganistão, equivaleria a viver em um "inferno". Comparando a esse país, que sempre vemos na televisão em guerras, Brasil é um paraíso, mesmo com favelas, desigualdades sociais, pois temos um estado organizado e "democrático", pelo menos deveria ser, o que nos adquire o direito de vivermos em condições humanas, o que no filme evidenciamos isso não ser possível, somente se for aliado e fazer parte da elite repressora. Muitos problemas que temos, relacionamento amoroso, dinheiro, problemas de saúde, compras, mídia, moda, é pouco aos afegãos, pois além de subsidiar a cada dia, ainda tem que lutar para garantir suas vidas em meio ao estilo de vida em que estão submetidos. Temos de tudo: vida, casa, Internet, celular, escola, comida, água, banho todo dia ... e ficamos reclamando de que? Do número que faltou para se tornar um milionário? Porque o seu cachorrinho morreu? Ou por causa do show da sua banda favorita que não conseguiu ir? A vida passa e não há como recuperar o tempo perdido. Sigam a vida em frente, de cabeça erguida e lembrem-se de que pequenos problemas afetam pequenas mentes. 
     Esperamos que a situação do Afeganistão, Paquistão, países do Oriente Médio não se tornem real para o país em que vivemos, todavia, sabemos que nunca viveremos nem sentiremos como os "sobreviventes", já que vivem em total repressão e em um país em que todas as ações é para tal Deus, principalmente matar. 
     Não sei como concluir esse imenso texto que nem sei como redigi, mas fico feliz no fato de captarem a minha mensagem. Talves brasil fique como no charge, quando ficar paressido com afeganistão. (S.I.C.)