Estava eu, no ponto de ônibus, e avisto um menino careca com tênis cinza com detalhes em rosa. Achei estranho e fiquei quieta. Mas tinha chegado à conclusão de que era uma pessoa que tinha pouco dinheiro e não tinha condições de comprar um tênis (tinha recebido de doação). Alguns minutos depois, "ele" começou a falar e saiu uma voz de menina. Parei e pensei: "Agora o tênis está explicado..." A pessoa era uma menina que sofreu de alguma doença que exige tratamentos fortes, como quimioterapia, que "exige" raspar a cabeça, já que iria cair de qualquer forma, e percebi que tinha furos na orelha e seios, ainda no início de sua formação. Como eu pude ser tão estúpida, mesmo sem ter dito nada? 


Como estava com fome, tirei um pacotinho de biscoito da mochila. Percebi que ela estava me observando. Como pedido de desculpas, eu a ofereci um pacote e ela aceitou. Fiquei realizada de ter feito a "boa ação do dia"!

Quando o ônibus chegou, fui a ultima a entrar. Logo que passei da catraca, avistei-a me chamando para conversar. Descobri que seu nome era quase igual ao meu: ANanda, apenas uma letra de diferença e a respondi a todas as perguntas, com carinho.

Depois desse episódio, coloquei em mente o quanto eu julgo as pessoas apenas pela aparência e que esse ato é tão realizado pelas pessoas e que isso, infelizmente, aumenta o preconceito entre as pessoas, dificulta do o bom convívio social.

Conheçam as pessoas, independentemente de sua aparência, idade, cor, opção sexual. Aceitar as diferenças e saber conviver com elas é humano e é necessário para o desenvolvimento de toda e qualquer nação.


Deixe um comentário