Olá! Tudo bem?

Aqui na Alemanha existem alguns festivais típicos como Oktoberfest (entre setembro e outubro), assim como no Brasil tem o Carnaval (normalmente em fevereiro). Na Alemanha também existe Carnaval, sendo o mais famoso na cidade de Köln (Colônia) na mesma época do Brasil, mas aqui, especificamente em Berlim, no final de semana de pentecostes tem o famoso Karneval der Kulturen, cuja tradução é “Carnaval das Culturas”. Neste ano ocorreu nos dias 14 e 15 de maio. No sábado, tem as feirinhas de comidas e adereços típicos e característicos de vários países e regiões do mundo e também amostra de dança e música; e no domingo, além dessa feirinha, também tem um desfile.

O evento ocorre entre as estações Meringdamm e Hermannplatz da linha de metrô U7. Eu fui nos dois dias da festa e me senti no Brasil, onde essas feirinhas são semanais (por exemplo no Largo da Ordem em Curitiba, todo domingo), no sentido de que há pessoas de todas as culturas unidas, com energia positiva, e com muita comida boa (ninguém disse barata!). É claro que eu não comi comida brasileira (tapioca, caipirinha), pois além de serem caros (tapioca por uns 5 EUR e caipirinha por 7 EUR), ou eu posso fazer em casa ou esperar voltar ao Brasil (logo logo). No sábado, estava acompanhada de uma amiga (L.) e comemos um Chorizo. 

Depois fomos a uma parte sem tendas com apresentações de vários gêneros de música e dança: capoeira, dança africana, percussão feita por duas pessoas, que pareciam batidas de música eletrônica etc. O único ponto negativo disso tudo é que as pessoas fumam muito, então, o ar fica muito poluído, a ponto de ficar preto embaixo da unha. (Já comentei isso na postagem sobre Balada. Para ler, clique aqui).

No dia seguinte, voltei ao festival para ver o desfile. Como a previsão temporal era de chuva, uns amigos deixaram de vir, então, fui sozinha mesmo. O primeiro grupo a se apresentar foi uma escola de Samba ”Sapucaiu no Samba”, o qual foi bastante animado. O segundo grupo, aparentemente era de uma escola de música, mas não vi eles fazerem nada. Posteriormente tiveram outras escolas de samba e também apresentações de diversos grupos étnicos e religiosos, além de academia de roller e escola de circo. Na minha opinião, os grupos “brasileiros” eram os mais animados. Foi a primeira vez que vi um desfile ao vivo (fazendo mais uma coisa “errada”). E foi nesse dia que aconteceu o que disse na postagem da semana passada com um amigo (para ler, clique aqui).

Não fiquei até o final do desfile, pois estava frio e ameaçando chuva. Como o desfile foi no meio da rua, estava bem tranquilo para achar um lugar para assistir e, se quisesse atravessar a rua, poderia, tranquilamente, atravessá-la entre os grupos.

Eu fui vestida normalmente, mas tinham pessoas fantasiadas. Como estava frio, nem tinham muitas opções de escolha.






Até a semana que vem!

Bis nächste Woche!


Hallo! Grünstig!
Hoje vou falar dos semáforos de Berlim, Ampel em alemão.

Para os pedestres, nota-se que os bonequinhos têm um chapéu. Esse bonequinho se chama Ampelmann (a tradução seria como “Homen do semáforo”), que, inclusive, é motivo de souvenirs o suficiente, para ter uma loja só para adereços com o Ampelmann. Mas nem tudo sobre semáforos é mar de flores.

As primeiras vezes que atravessei na faixa de pedestre com o semáforo verde, sempre tinham carros que viravam e chegavam bem rente à faixa. Fiquei pensando: “Que loucos! O sinal está aberto para mim e eles quase me atropelam!” MAS fui percebendo que o sinal para eles também é aberto, em caso de não ter nenhum pedestre passando. Sou da opinião, de que se algum Brasileiro alugar carro e não souber dessas regras de trânsito, há um grande risco de atropelar um pedestre.

Já ouvi, desde que cheguei aqui em Berlim, que até pedestre pode levar multa, seja por atravessar com o sinal vermelho ou se atravessar em local inapropriado. Nunca ouvi de casos próximos, mas às vezes, quando estou com pressa, atravesso tudo errado (mas em segurança). Uma vez atravessei com o sinal vermelho e um senhor gritou “Você é cega?” e também já ouvi um outro senhor gritar “Você não vê que está vermelho?” para um transiente que também atravessou no sinal vermelho. As regras são tão importantes, que um amigo me contou o que aconteceu com ele e fiquei de cara: estava tendo Carnaval de Culturas (temática da postagem da semana que vem) e as ruas estavam todas fechadas, pois teriam desfiles e tinham feirinhas de comida nas ruas. O meu amigo K. e seu colega queriam atravessar a rua. Eles atravessaram a rua no sinal vermelho, porque não tinha perigo nenhum de vir algum carro, pois a rua estava bloqueada. Mas neste ponto de travessia, tinha uma viatura policial e um policial solicitou-os que eles voltassem para a faixa de origem, esperassem o sinal verde para, enfim, poderem atravessar a rua.  

E a única diferença dos semáforos de carros que percebi é que sempre entre o vermelho e verde o sinal amarelo se acende: quando vira do verde para o vermelho é normal, mas também o sinal fica amarelo um pouco antes de ficar verde de novo.

Até a semana que vem!

Bis nächste Woche!


Olá! Devido à correria da semana passada, não tive muito tempo para escrever esta postagem. Eu viajei durante a semana para a cidade de Regensburg, na Bavária, para fazer o Test Daf (que escreverei mais detalhadamente o que é) e entre o término desta prova e o horário da volta, escrevi nos papéis do material preparatório sobre o festival que fui na semana passada. No começo, foi tudo bem, mas no final, como meus dedos já estavam cansados de tanto escrever, as letras mudaram drasticamente (ficaram maiores e mais espaçadas). Apesar disso, ainda continua legível. Espero que gostem! 

Para vídeos e fotos do festival, confiram no meu Instagram!
Até a semana que vem!










Olá! Hoje vou continuar no embaldo da semana passada e falar mais um pouco sobre comida. Estou vivendo uma parte da minha vida universitária na Alemanha e não tem como deixar de falar sobre o Restaurante Universitário daqui. Aqui chamamos de Mensa. Em Berlim existem vários RUs, mas somente frequentei os que são ligados à minha Universidade, que são regidos pelo Studentenwerk, que é uma organização que organiza e rege o restaurante universitário, moradia, estágios e até financiamento universitário.

No campus existem várias cafeterias e restaurantes universitários. Nos cafés, eu não sei dizer se os preços compensam, mas no restaurante, relativamente sim. Uma grande vantagem do RU daqui, é que tem uma grande variedade de opções: vegetariano, bio, “fast food”, massa, pizza, doces, sopas, pães, sobremesas, saladas. Os “pratos principais” são regulados ou por pedaços (no caso das carnes ou bolinhos, croquetes etc) ou por quantidade (servidos pelos merendeiros). Normalmente custam entre 1,35 e 3,35 para estudantes, pois os valores para servidores e visitantes são um pouco mais altos. Já os acompanhamentos, como arroz, batata, verduras, é livre! Você só para pelo acompanhamento, ou seja, se você pegar um prato cheio de arroz, você paga o preço fixo pelo arroz, que é de 0,55 EUR. Já se pegar um pouco de arroz e um pouco de batata, paga-se 1,10 EUR (se a batata não for bio, pois é mais cara). Quanto às sopas, saladas e sobremesas, paga-se pelo tamanho o pote: se for pequeno, não importa o quanto tem dentro (um pouco ou uma montanha), paga-se 0,60 EUR; se pegar grande, paga-se um pouco mais (não me lembro exatamente o preço). As massas também são self-service e paga-se um valor fixo de 2,45 EUR. Todo dia também tem pratos especiais, vulgo “PFs” que podem ser hamburguer com batata frita, salsicha com curry e batata frita, bisteca com ovo frito, batata, molho de carne e salada, crepe etc. Esses pratos especiais são um pouco mais caros e custam, normalmente, entre 3,95 e 5,95 (o preço mais caro). Além disso também existem pratos feitos de salada, salada de frutas, sobremesas especiais. Nas mesas sempre tem sal e pimenta e perto dos talheres tem 3 diferentes molhos para saladas (vinagrete, iogurte e rosê), vinagre, óleo, gergelim e açúcar.
 
Já quanto às bebidas, tem máquina de água e refrigerante, sucos naturais e bebidas embaladas, como Club Mate, uma bebida de mate gaseificada, e Apfelschorle, um refresco de maçã gaseificada, ambos muito consumidos aqui na Alemanha. Só não vendem cerveja. Opções não faltam!

Se fizer a conversão dos valores das refeições, realmente, o Mensa daqui não é nada barato, pois por exemplo, a refeição mais cara, de 5,95 EUR que é como um “prato executivo” e em reais seria um valor equivalente de uns R$ 20,00. Mas para coisas do dia-a-dia não se pode realizar tais conversões, uma vez que a população recebe proporcionalmente aos gastos e também não é todo dia que como esses pratos. Também não tenho direito nenhum de reclamar dos preços, pois recebo o suficiente para isso e opto por comer no Mensa para poupar tempo (que já me falta!) de voltar para casa, cozinhar, e voltar à universidade.

Gosto muito de comer no Mensa, pois o ambiente é bem confortável e as comidas são boas. Às vezes a aparência não superam minhas expectativas, pois aparentam ser muito boas, mas o gosto é bem insosso. Contudo, é uma boa opção para estudantes que gastam menos dinheiro que em restaurantes e economizam tempo.


Até a semana que vem!