Olá! Hoje a postagem é bem apetitosa. Vou contar sobre alguns lugares que fui em Berlim com comidas de culturas diferentes e, acima de tudo, deliciosas! Berlim é uma das capitais mais multiculturais que existem, uma vez que se localiza na região central da Europa. Vamos começar, los!

1.       Vapiano: é um restaurante italiano com várias franquias por toda a cidade. Esta franquia que fui se localiza na Alexanderplatz e lá cada um pede sua comida no balcão, que pode ser vários tipos de massas (espaguete, linguine, parafuso, penne etc), risotos, pizzas ou calzones. É tudo preparado na hora de acordo com molho, recheio ou acompanhamentos escolhidos. Cada prato custa em torno de 10 euros.
  

 

2.       Café Brasileiro: esse bar/restaurante se localiza em torno da estação Platz der Luftbrücke e, como fiquei um ano lá, deu para matar um pouco da saudade dos salgadinhos brasileiros. Os donos são um casal de brasileira e alemão e tem como fazer o pedido em português ou em alemão, como preferir! Também existem outras opções de restaurantes brasileiros em Berlim, mas esse foi o único que fui.


3.       Villa Rodizio: é um restaurante brasileiro, mexicano e argentino que serve rodízio. No Buffet, têm saladas, quesadillas, nachos e muito mais. O rodízio, se eu não me engane, é composto por 9 carnes, que vêm em ordem, sendo o último, coração. Tem uma carne que eles dizem ser “picanha”, mas eu duvido, pois a consistência me parecia de músculo, mas como estava com uma certa abstinência de carne, foi tudo maravilhoso!


4.       White Trash: é um bar/restaurante de Rock que tem um estúdio de tatuagem. Sua peculiaridade é o Oktopus Burger, que nada mais é um hambúrguer de polvo. É bem diferente e delicioso. Neste bar também servem porções de batata frita doce!


5.       Bar latino-americano: eu não lembro o nome do bar, mas me lembro que é um bar latino americano. Lá, eu bebi Pisco Sour, que é a “caipirinha peruana” e comi ceviche acompanhado de mandioca frita e “pipoca de soja”. Simplesmente, delicioso! Fiquei muito feliz por ter uma porção gigantesca de ceviche somente para mim, pois normalmente em casa é uma porção dessas para a família inteira.


6.       Revolver Burger: uma hamburgueria gourmet com um cardápio diferente, que indica qual é a carne do hambúrguer (inclusive com opções vegetarianas) e que pode adicionar como acompanhamento batatas fritas normais ou porções de batata doce frita!


7.       Cocolo Ramen: Não é Ichiraku, mas é Ramen! É um prato de macarrão japonês ensopado. Foi simplesmente sensacional! O local é bem pequeno, mas todas as vezes que fui (3, mas entrei somente 2 vezes), tinham fila. Só provando para saber mesmo.


8.       Zaim Falafel: é um prato libanês com vários vegetais fritos, vários molhos e frango da “grelha grega” e falafel que se come com pão sírio.


9.       Fam Dang: foi neste restaurante que eu fiz uma das melhores descobertas do intercâmbio: rolinho verão! É um enrolado de macarrão de arroz com algumas verduras, carne à escolha (escolhi de camarão) envolto em papel de arroz que se come com um molhinho. É um restaurante vietnamita e todos os pratos são grandes, deliciosos e baratos.


10.   Schnitzel: É um restaurante nas redondezas também do Alexanderplatz e fica atrás do Kartoffelhaus No 1. Lá eles servem pratos grandes de Schnitzel (carne de porco) com molho de champignon e acompanhamento escolhido. Também vale à pena beber Berliner Kind, que é cerveja colorida saborizada berlinense.




Isso é um pouquinho de gostoso em Berlim que posso compartilhar com vocês! Obviamente, tem mais alguns restaurantes e bares que eu também gostei muito e indicaria, como Hans im Glück (que servem deliciosos hambúrgueres e tem como fazer combo com fritas ou salada mais um coquetel a partir das 17 h), Tiergarten Quelle (servem pratos gigantescos por um preço muito bom). E se, futuramente, forem visitar Berlim e visitarem um desses lugares, não vão se arrepender!


Bis nächste Woche!


Olá! Tudo bem?

A Alemanha sempre foi um país que sofreu grandes perdas em guerras, mas também famosa por sua rápida recuperação. Hoje vou falar de uma mais uma peculiaridade alemã (em comparação ao Brasil) quanto à moradia. Dentro da cidade, não há casas, mas sim prédios. Nas áreas mais afastadas dos centros, existem algumas casas, mas também são bem mais sofisticadas.


Na Alemanha em geral, existem basicamente dois tipos de construções: Altbau e Plattenbau: As construções do tipo Altbau são construções antigas e bonitas. Eu as caracterizo como “prédios tipicamente europeus”; elas são normalmente caracterizadas por terem teto alto e cômodos grandes. Já o Plattenbau, são construções de “módulo”, tudo quadradão: quando a Alemanha estava em crescimento e recuperação, muitos Plattenbau foram construídos, pois como sua estrutura já é pré-moldada, sua construção é bem mais rápida. Mas quando não há moradores suficientes, desconstroem os andares vazios e, depois, se precisar de mais moradias, constroem e assim por diante.

Plattenbau em Halle (an der Saale)
Altbau em Leipzig
E quanto à entrada dos prédios residenciais, não há porteiros. Na entrada, somente há campainhas com o sobrenome dos moradores. Os apartamentos não têm números e, no meu caso, como está o nome do alugador, já tive pequenos problemas em receber compras da internet por esquecer de colocar a referência (c/o NomeDaCampainha) porque o meu nome não estava lá. Já quando não tem ninguém em casa e chega algum pacote, algum vizinho sempre pega para você e deixam um aviso na caixinha, onde as cartas são deixadas, no andar térreo. Um ponto negativo de não ter porteiro, é que, quase todos os dias, bem cedo, principalmente segunda-feira, os lixeiros ou os carteiros vêm e tocam a minha campainha (térreo) bem cedo. Não sei se eles apertam todas as campainhas, mas o meu, sempre tocava. Quando eu queria dormir mais, eu ignorava, mas normalmente, quando eu ia abrir, alguém já tinha aberto.

Eu acredito que não existem porteiros por questões de segurança, que não é necessário como aqui no Brasil. Mas também as portas são confeccionadas, de forma que elas somente podem ser abertas por dentro ou por fora com chave.

Então, não estranhem, se algum dia forem à Alemanha para morar ou visitar, não conseguir virar a maçaneta do lado de fora.

Bis nächste Woche!


Olá! Eu me considero uma pessoa de muita sorte, uma vez que não necessito de óculos de grau, mas sempre achei que um pouco da personalidade da pessoa está demonstrado por meio da armação. Então, quando tenho oportunidades de usar, eu uso óculos, no meu caso, óculos de sol. Mas por eu ter descendência japonesa, tenho uma imensa dificuldade de encontrar óculos para mim, seja devido à curvatura da armação ou devido à falta de apoio de nariz. Então sempre tive dificuldades de encontrar uns bons óculos para mim e, sempre que os encontro, tenho a desventura de perde-los.

Os primeiros óculos que perdi no Brasil, fiquei muito triste, pois ele custava R$130,00 e eu tinha batalhado para pagar com todo meu dinheiro e não fazia tanto tempo: fui em um churrasco e todas as minhas amigas gostaram dos meus óculos e todas os usaram para tirarmos muitas fotos. Na hora de ir embora, não os encontrei mais.

Temporariamente, então, usei óculos que comprei em São Paulo (acho que paguei entre R$15 e 25).

Ano passado, minha mãe comprou uns óculos da Chilli Beans, que eu adorava muito (ainda no Brasil). Foi com eles que passei a maior parte do intercâmbio. Mas quando fui ao festival Rock in Park, tinha tanta gente passando por cima antes do show do Tenacious D, que uma das pernas quebrou. Até pensei em consertá-lo, mas dependendo o conserto sairia mais caro que comprar um novo.

Duas semanas depois, passeando pela Friedrichstr., encontrei uns novos óculos! E em menos de duas semanas depois, eu perdi na H&M provando roupa. Estava com tantas coisas da universidade mais roupas para provar que, só fui sentir falta dos meus óculos meia hora depois. Voltei no provador, perguntei para os funcionários e, nada. Perdi mais um.

Agora os óculos que uso foi que ganhei da minha amiga, pois ela não os usa: ela precisa de lentes de correção. Ela não usa lentes e também não tem como utilizar dois óculos sobrepostos.

Todos os meus óculos têm certas similaridades: as armações são sempre de acrílico e sempre tem algum detalhe, seja no formato da lente ou na estampa da armação.

Me desculpem por escrever sobre um assunto não tão divertido, pois cheguei nesta semana no Brasil e não tive muito tempo para escrever esta postagem. Está sendo uma tarefa difícil de lidar com essa mudança e conciliar com os afazeres pré-determinados. Mas, acredito que neste momento, só o tempo poderá resolver isso.


Até a semana que vem com mais um pouquinho das minhas histórias vividas em Berlim!


Olá! Tudo bem?

Hoje vou falar de como que é o cinema aqui em Berlim. A princípio, o cinema daqui é igual ao do Brasil, mas percebi que não é muito frequentado e popular como no Brasil. Uma coisa que percebi de cara é que os preços são relativamente caros. Como comparação, seria o mesmo valor em número, mas em moedas diferentes. Também existe o desconto para estudante, mas não é como no Brasil que existe a lei da meia-entrada, mas cada estabelecimento tem um valor especial diferente, sem critério definido (normalmente 2 euros mais barato que o preço normal). Não sei se existe alguma legislação quanto a isso, mas nunca sei o valor exato para estudante, se não estiver já especificado. 

Aqui há uma cultura muito grande, de serem exibidos apenas filmes no idioma alemão: se forem filmes nacionais, sem legenda, e se forem internacionais, com dublagem alemã. Obviamente, também existem filmes que são reproduzidos com áudio original e/ou legendas, mas normalmente somente são oferecidos em cinemas internacionais. 

Além das exibições tradicionais, aqui tem alguns outros conceitos legais, como Freiluft Kino e CineSneak. No Freiluft Kino (cinema ao ar livre), os filmes são exibidos a céu aberto, no meio de um parque, em um telão. A platéia pode se acomodar nas cadeiras, bancos ou na grama. Fui ver o filme alemão Er ist wieder da (Ele está de volta) e fui superdespreparada em comparação aos alemães: eles levam tudo para um piquenique (comidas, bebidas, cobertores). No lugar que eu fui, Friedrichschein, paguei 7 euros de entrada (sem direito a desconto para estudante) e o filme teve início às 21h; a esse horário ainda está claro, mas já começa a escurecer. Como estava despreparada, passei um pouco frio, porque o sol já tinha se posto.

Outra ideia legal foi CineSneak na Sony Center (alguns outros cinemas da cidade também oferecem esse serviço), que ocorrem nas quintas-feiras às 20h. O CineSneak consiste em pagar 6,50 EUR por um filme (esse preço é com desconto) e descobrir o que verá somente na hora. Para assegurar que a cada semana é um filme diferente, antes de iniciar o filme, tem um quiz sobre o filme passado na semana passada e quem acerta a pergunta, eu acredito que ganha um voucher para ver o filme da semana seguinte. Como não frequentei muito o cinema daqui, qualquer filme que viria seria lucro: eu vi Captain Fantastic. 

Infelizmente, já volto ao Brasil nesta semana, mas ainda vou continuar a compartilhar algumas experiências por algumas semanas. 

Até a semana que vem!



Grüß dich! Alles klar?
Saudações! Tudo bem?

Hoje vou falar sobre a cultura das bebidas aqui na Alemanha. Vamos começar pela água. Como eu já disse na postagem #20, a água canalizada é própria para o consumo. Muitas pessoas a consumem direto (como eu), mas também muitas pessoas a filtram: compram jarras com filtros que custam, aproximadamente, 15 euros. Durante o festival de música que participei (mais informações na postagem #34) também descobri que no mercado vendem água em caixa e também água para bebês, na qual dizem que tem os sais e nutrientes que são necessários para um recém-nascido. E uma cultura muito forte (mas muito mesmo) daqui é beber água com gás, ou melhor, tudo com gás. A avó da minha amiga, por exemplo, ela só bebe água com gás, pois uma vez ela pegou infecção por beber água da torneira e nunca mais tomou. O engraçado (pelo menos para mim) é que existem “intensidade” do gás: fraco, médio e forte e ele pode ser chamado de Wasser mit Kohlensäure, Selter  ou Sprudelwasser, fato que me fez confundir na primeira compra (postagem #1). Normalmente quando se visita casa de alguém, oferece-se ou água filtrada ou água com gás. Eu, particularmente, não gosto muito de bebidas com gás, mas quando não há opção, bebo mesmo. Até que já consegui me acostumar, mas evito ao máximo!

Quanto aos sucos de verduras, não tenho mais o que falar. Acho que tudo que eu tinha para falar, está aqui, na postagem #37.

Aqui o suco de maçã é muito comum e não é leitoso como no Brasil, mas um marrom transparente, como se fosse um guaraná sem gás. Além do suco, aqui se bebe muito o famoso Apfelschorle, que é um “refrigerante de maçã”. Ele não é muito doce e é comparável ao guaraná brasileiro, quanto à popularidade. Nos restaurantes, às vezes, também é possível pedir Schorle de outros sabores, na qual se misturam suco com água com gás.

Para adocicar um pouco mais a vida, dentre os sucos, alguns restaurantes oferecem suco de banana com néctar de cereja. Eu nunca provei, mas a aparência é bem bonita, pois como os dois sucos são densos, eles ficam separados até misturar. Com o suco de banana também se bebe cerveja. Na minha opinião, uma das melhores combinações existentes, pois mistura o doce com o “amargo” da cerveja e a combinação fica, realmente, muito boa.

Para dar energia, bebe-se Club Mate, que é uma bebida à base de erva mate, levemente adocicada, com gás. Essa bebida é relativamente nova na Alemanha e muitos jovens bebem Club Mate. É gostoso, mas não troco pelo bom e clássico chá mate natural (sem açúcar).

Quem nunca ouviu falar sobre Jägermeister? É um digestivo, o qual não gosto muito, pois sempre que bebo, tenho impressão que estou bebendo enxaguante bucal. Uma bebida parecida, mas ainda um pouco melhor, é a Berliner Luft, que é também refrescante, e é docinho. Também existem versões mais baratas dessas bebidas no mercado. 

Um shot pronto que bebi foi de ameixa, que são vendidas em garrafinhas de 20 mL. Não sei a frequência de seu consumo, mas a primeira vez que bebi, ganhei de uma alemã. É bem docinho, mas também é bem forte (20 % alc. vol.).


No inverno, eles bebem muito Glühwein, que nada mais é um “vinho quente”, literalmente ( postagem #9). Eu esperava que fosse como o bom quentão curitibano, mas era só o vinho. Eles servem em canequinhas com Pfand (explicação de Pfand na postagem #21). No meu caso, eu as colecionei e “perdi” o Pfand.

Nos bares e baladas, as tequilas são servidas de uma forma um pouco diferente. Na maioria dos lugares, eles servem tequila (quente) com uma fatia de laranja; em outras com limão e, se tiver sorte, eles têm sal. O mais diferente (mas não o pior), foi a tequila com laranja e canela por cima da laranja. Foi bem gostoso, mas o melhor, foi quando serviram a tequila certinha, com limão e sal, mas o diferencial foi que a tequila estava gelada! Muito bom!

Por fim, não poderia faltar a bela e boa cerveja. No Brasil, quem bebe cerveja na rua, é mal visto, mas aqui na Alemanha, qualquer pessoa, de qualquer classe social, bebe uma boa cerveja seja de manhã, tarde ou noite. Até estranhei durante as viagens, que em alguns lugares (como Dublin) não é permitido beber nas ruas ou em algumas cidades, somente em alguns bairros são permitidos. É bem comum beber cerveja “quente” assim como misturar cerveja com várias coisas, como água com gás, refrigerante (sprite, coca-cola) ou suco de banana. Eu já bebi com suco de banana e sprite, aprovadíssimos! Em Berlim, existem cervejas coloridas chamadas de Berliner Weisse, que pode ser encontrada pura ou saborizada. Dentre as saborizadas, tem de Waldmeister (verde, não sei explicar o sabor, mas é muito bom!), Hollunderblüte (verde claro) e Himbeere (rosa de framboesa). Quanto à pura, ela é azeda e deve ser misturada com xarope à sua escolha. Bebi de Waldmeister e Himbeere.

Isso foi o meu tour pelas bebidas alemãs e alemanizadas.


Até a semana que vem!