Olá! Tudo bem?

Hoje vou dar continuidade de coisas que passei em Marrocos, em relação ao mercado e passeios (deserto e demais lugares), mas vou iniciar dizendo que eu fui muito desprevenida para esta viagem: minha mentalidade, até então, era que "África é um continente muito quente". Quente, até sim, mas também fria de noite. Por causa deste tipo de pensamento, levei apenas um moletom e uma blusa de poliéster e é óbvio que passei frio, principalmente na ida (ainda na Alemanha, que teve o primeiro dia de neve do outono/inverno) e no deserto, de noite, e teve um dia (não me lembro se foi antes ou depois do deserto) que fiquei doente.

Um dos produtos mais bem falados de lá é o óleo de argan, que é bom para várias coisas: cabelo, pele, corpo etc. O nosso guia nos levou a uma cooperativa de mulheres que fabricam esse óleo. Chegamos lá e o preço: altíssimos! Um vidrinho de 100 mL custava 20 euros. Então, comprei apenas 1, só para não dizer que não comprei.

Um outro dia, em Marrakesch, fomos a uma loja cheia de produtos naturais, que tinha uma parede cheia de produtos para todos os tipos de tratamento e de funções! Posso dizer que gastei muito mais que o esperado, mas algumas comprinhas, sem dúvida, valeram muito à pena. Comprei: semente de argan que é bom contra diabetes (mas péssimo no sabor, pois é muito amargo), um creme de açafrão que serve de protetor labial e de pomada para espinhas e machucados (inclusive aftas), 100 mL de óleo de argan (que estava mais barato), tajine (recipientes que dizia conter "batom" em seu interior, mas vieram vazios), uns cristais que defino como "Halls natural sem açúcar" (que é bom contra bronquite e asma), um pacote de temperos, um pacote de chá de emagrecimento (mix de 3 plantas) e, se eu não me esqueci de nenhum produto, açafrão, que paguei barateza: 3 potinhos com 60 g cada por 18 euros! Depois, chegamos a pesquisar quanto que custava açafrão no Brasil e descobrimos, que o alafrão já chegou a ser mais caro que ouro! 

Na loja de produtos naturais, não tivemos problema nenhum com os preços, pois eles já eram fixos, mas no mercado principal, uma espécie de "feiras", nada tinha preço e éramos obrigados a perguntar toda hora, que tínhamos interesse em qualquer produto. E o pior, a resposta sempre era: "Quanto você quer pagar pelo produto?", ou seja, o comércio se baseia na negociação dos preços. Eu queria comprar uma miniatura de camelo e uma de elefante para levar de lembrança e I. também queria dois camelos e C., um. Então, entramos em uma loja que tinha (depois de tanto procurar) e perguntamos quanto custariam os 3 animais. O vendedor disse "Pra vocês, eu faço por 1200 euros." Isso foi um absurdo! A gente ficou um tempão tentando negociar, pois nas outras lojas as miniaturas custavam entre 3 euros. Mas ele se justificava, que o material é cidra e por isso que era caro. Quando estávamos quase indo embora, ele se rendeu e cobrou 15 euros pelos 5 animais. Ainda bem! E ainda o vendedor se achava "o tal" pelo fato de Nicholas Cage já ter passado por lá.

Uma outra situação chata foi quando fomos comprar lenços de pachemina. Entramos em uma das lojas e comentei em português com as meninas "Vamos dar uma olhada em outra loja para comparar e, depois, qualquer coisa, voltamos aqui para comprar". Nisso, o vendedor olhou para mim (que não é brasileiro) e disse grosso: "Eu sei o que você disse. Eu vendo os lenços com desconto pra todas menos pra você". Foi desagradável e ele foi grosso. Acabou que ninguém comprou lá, apesar dos preços bons mais pela grosseria. Nessa hora, meio que me dei conta que não poderia comentar certas coisas em voz alta, pois muitos vendedores sabem um pouco de cada idioma, devido ao turismo.

Uma compra que valeu muito à pena foi uma bolsa de couro, que paguei 25 euros, mas que no câmbio, perdi um pouco e acabou saindo por 30 euros. Eu comprei na mesma loja que I. Ela é prática, tamanho bom, bonita, de COURO, mas no começo, fedia muito! Parecia cheiro de cocô de cavalo... Mas agora, já está sem cheiro.

Uma coisa que eu não vi, mas me contaram é que eles matam as galinhas à vista de todos. Isso é bizarro. Outra coisa bizarra e que normalmente fazem por lá é quererem cobrar por tudo do turista: colocarem algo na sua mão e ter que pagar por isso, colocarem algum animal (cobra sem dentes ou macaco ou coruja) no ombro e ter que pagar pela foto, verem que você está fotografando alguma propriedade deles ou eles e cobrar por isso. Como ainda não tinha uma câmera (só o celular), eu já evitava usá-lo para evitar problemas. 

Rumo ao deserto, visitei uma vila, onde muitos filmes foram gravados e, inclusive, quando fui lá, estava tendo gravação de uma cena de uma série americana. Foi divertido e parecia muito real! E também na vila que fica localizada ao fundo do local de gravação, comprei dois desenhos feitos com borra de café e de ervas, que aparecem quando são queimados.

Enfim, chegou o momento de eu contar como foi o meu passeio no camelo pelo deserto. Eu achei incrível o fato, de que de um lado, o lugar é normal, mas caminhando uns 10 minutos, fica-se cercado de areia, muita areia! E no começo, como não estava acostumada a ficar montada e com a desestabilidade dos camelos, eu ficava gritando toda hora, com medo de cair, mas não caí. Na ida, também sofri muito porque começava a doer muito o bumbum. Chegamos no "acampamento" do deserto, comemos mais tajine e couscous e ficou um breu. Acenderam uma fogueira, mas como era noite de lua cheia, não vi aquela noite estrelada, que muitos viram quando foram, porque a luz refletida pela Lua é muito mais intensa do que a das estrelas. Então, o que nos restou para registrar o momento foi tirar fotos de longa exposição e fazer brincadeiras. Ao amanhecer, também fizemos várias brincadeiras e tiramos também boas fotos! E, mais uma vez, passei muuuuuuuuito frio.

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No último dia em Marrocos, que foi o único dia livre, pensamos em pegar uma excursão até a praia de Essaouira, mas ninguém conseguiu acordar cedo e também não vimos os bodes na árvore, então fomos ao jardim de Majorelle. 



Desta vez, não tenho como definir uma cidade nem o país, mas vou definir uma palavra para a viagem: marrom. Acredito que para a impressão que tive, nada melhor que definir com uma cor, uma vez que a paisagem possui vários tons de marrom (e não verde, como é no Brasil, por exemplo), a areia é marrom, os camelos são "marrons", as construções normalmente são marrons, hennas são marrons, enfim, o que muda a cor da cidade e da paisagem são as pessoas, com suas vestimentas, produtos à venda e detalhes nas construções, como azulejos e tintas.

Até a semana que vem!

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