Seguindo na onda do multiculturalismo da semana
passada (para quem ainda não conferiu a postagem da semana passada, clique aqui), vou contar o engano que normalmente as pessoas cometem comigo. Só para
constar, Berlim é uma das cidades mais multiculturais da europa, pelo menos, e é
muito comum se ouvir pessoas conversando em outras línguas, como inglês, árabe,
italiano, espanhol, línguas desconhecidas e indistinguíveis (por mim), e até
português!
Sempre que me perguntam da onde sou, fico na dúvida
se digo que sou do Brasil ou do Japão, mas sempre digo que sou do Brasil, pelo
fato de viver há mais tempo lá (ou aí) e a minha língua materna ser português. A
reação das pessoas normalmente é “você não parece que é do Brasil, mas sim de
algum lugar da ásia, como Japão!”. Daí eu digo que na verdade nasci no Japão e
bla bla bla. Sempre, sempre é assim! Inclusive várias vezes, (na aula e na rua)
chinesas vieram falar comigo. Realmente, não entendia nada, então só ficava as
encarando e não respondia nada (na verdade, nem sabia o que dizer).
Um outro dia, fui entender como que é se
surpreender, por achar que uma pessoa é de um lugar mas é de outro lugar,
completamente diferente. Uma chinesa veio falar comigo e me perguntou da onde
que eu era. Eu disse que vim do Brasil e ela me disse “eu sou como você, ninguém
acredita que a gente vem da China”. Eu a corrigi, dizendo que eu era japonesa e
ela me disse que veio da França! “O quê?!” foi o que eu pensei. Pois é,
entramos na sala de aula e ela conversou em francês com seu colega.
E também tem um casal (não de namorados) asiático
que fala muito, mas muito bem alemão. Fiquei pensando: desde quando que eles
estão aqui na alemanha, para falarem alemão bem desse jeito? Até cheguei a
pensar que eles tiveram que aprender bem o alemão para poderem estudar o curso
inteiro aqui na Alemanha. Mas não! Quando tive oportunidade, perguntei à menina
da onde ela era. Ela me disse que sua ascendência é viatinamina mas que ela é
nascida na Alemanha. Isso também me surpreendeu e me deu uma leve invejinha,
pois nascer e ser criado em um país com idioma difícil como alemão de se
aprender, não deve ser ruim!
Bis nächste Woche!
Tschüssie!
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