Quem me conhece, sabe que eu adoro sair para dançar, mas não saio muito, pois ou não tenho dinheiro ou estou sem vontade (maioria das vezes, pelo menos aqui na Alemanha). No Brasil eu havia ido em apenas 3 ou 4 baladas e aqui na Alemanha, já bati esse recorde, mas, relativamente, ainda é muito pouco. Com antes de ontem, fui em 5. E desde a primeira vez que fui, eu percebi diferenças muito grandes entre as baladas daqui e do Brasil, especificamente Curitiba. Vou citar as 5 principais diferenças.

Uma das principais diferenças é que aqui na Alemanha não existe a lei antifumo. Então, os jovens fumam dentro de locais fechados (bares e baladas) e não são poucos os que fumam! Literalmente, toda vez que vou para balada, eu saio defumada. E quando eu fui na balada, enquanto morava no primeiro apartamento, eu não tinha máquina de lavar roupa. Então, precisava lavar minhas roupas na mão e quando lavava as roupas que usei para ir à balada, a água saía preta!

Outra diferença que eu acho muito importante citar, é que os jovens vão para balada para dançar! Dançar mesmo (junto de beber, fumar e divertir com os amigos), sem segundas intenções. Talvez possa haver pessoas que ficam encarando, mas é só isso que vão fazer. Com a experiência que tive, nenhum (nenhum mesmo!) cara (alemão) chegou para mim nem para puxar conversa! Em contrapartida, quando fui em uma balada em Praga, como é frequentado por turistas do mundo inteiro, muita gente vem puxar conversa.

Aqui também na entrada da balada não tem pulseirinhas, mas na entrada, eles carimbam o seu braço. Somente em eventos mais elaborados é que eles dão uma pulseirinha de fita com um fecho que só aperta (a parte interior desse fecho tem ganchinhos e é feita para não permitir que a pulseirinha se afrouxe, ou seja, ou você fica com a pulseirinha “eternamente” ou corta ou fica forçando para tirar – o que eu fiz com a pulseira do Holi Festival of Colours).

Quanto à vestimenta, normalmente as pessoas vão com roupas confortáveis e nada arrumados, como no Brasil. A maioria das vezes fui de calça jeans e uma blusinha com tênis ou sapatilha, mas tem muita gente que vai de moletom, mochila, tênis, bota, nada arrumados. Isso é muito bom, pois as pessoas nem ligam para como você está se vestindo e é muito mais confortável para dançar. Para condizer com a vestimenta, tem algumas baladas que são mais “bonitinhas”, arrumadas (que até dá para ir melhor vestido) mas a maioria são bem underground, digo lugares antigos e sem cuidados (praticamente um galpão com um balcão para pedido de bebidas).

Na primeira vez que eu fui à balada, a minha amiga me perguntou se eu queria jogar “kika”. Fiquei boiaindo e depois ela me disse como que se escreve (Kiker) e depois traduziu para pebolim e, quando olhei para frente, vi duas mesas de pebolim. Nessa balada, a cada 5 bolinhas pagava 0,50 EUR. Em outra balada, se pagava 10 EUR para ter a bolinha, mas dava para jogar infinitamente, durante a noite.  

Eu que gosto de ir para balada para dançar, aqui é um excelente lugar! O único problema é vencer a preguiça para sair de noite e na volta esperar mais de 10 minutos pelo metrô para voltar para casa.


Até a semana que vem!


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